A mulher adúltera, o tribunal de execução sumária e a intolerância do pós-modernismo
Em Janeiro de 1945, os soviéticos se tornaram a primeira força aliada a alcançar um grande campo de concentração nazista, Auschwitz, ainda em território polonês. Ao defrontarem-se com o caos não hesitaram em abrir os portões daquele lugar e mostrarem ao mundo as atrocidades cometidas por Adolf Hitler, o homem que sonhava com o Reich. Um jornalista, ao se deparar com aquela cena inimaginável exclamou: “Os portões do inferno estão abertos”, outros, não se contiveram e chorando se perguntavam: “Onde está Deus, se não está aqui em Auschwitz”? Este fato notório não distingue em muito dos ultrajes cometidos pelo ISIS ou Estado Islâmico, que a exemplo de Hitler, seus idealistas sonham com um Califado, onde não existiria pecado, pois todos estariam debaixo da Sharia ou conjunto de Leis Islâmicas e para implantarem suas prescrições, executariam ao fio da espada qualquer um que ouse opor-se. Estas atrocidades geradas a partir de mentes insanas são demonstrações do que o ser humano é capaz de cometer em nome de ideais que ultrajam o respeito e amor ao próximo. Infelizmente, alguns colocam togas, tomam assentos que não os pertencem e sentenciam por execuções sumárias em nome de seus intentos. Diante de sentimentos tão atrozes é mister que perguntemos: O que se passa com a humanidade? Por que o extremismo é um grau apelativo em nome de vultos tão paliativos? A recorrência das narrativas supra citadas instiga-nos a uma situação ocorrida em tempos bíblicos, a mulher adúltera. Em face de Jesus, estava uma pessoa frágil, indefesa e sem argumentos perante seus algozes. Porém, suas culpas foram lançadas na presença daquele que perdoa pecados e não leva em conta os tempos de ignorância. Quando Jesus exclamou que, aquele que não tivesse pecado fosse o primeiro a lançar uma pedra, todos caíram em si e denotaram seus estados pecaminosos e necessitados de Deus. Nota-se que, um tribunal de execução sumária foi destituído alí e onde estava prestes a se aplicar o ódio, prevaleceram a complacência e a misericórdia com o perdão lançado sobre aquela mulher.
Praticar a generosidade, adotar um espírito perdoador como filosofia de vida e suplantar o ódio em nome da paz devem ser ideologias práticas para tempos tão difíceis de manejar. Que aprendamos a: "Perdoar a mulher adúltera, destituir o tribunal de execução sumária e adotarmos a misericórdia nestes tempos intolerantes do pós-modernismo".
Em Cristo,
Pr. Arnaldo Gomes.
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